segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Biblioteconomia e serviço social entre os ofícios mais saturados no Amazonas


Manaus - Se para profissionais de engenharia e construção civil o mercado amazonense pode ser considerado o pote de ouro das oportunidades, para especialistas em outras áreas, como assistência social ou biblioteconomia, uma colocação profissional na área de atuação está se tornando cada vez mais difícil.
Seja pela reduzida oferta de vagas, pelo grande número de profissionais ou pelos avanços da tecnologia, algumas profissões têm tido a demanda reprimida e outras já encontram-se praticamente extintas.
A assistente social Nívea de Moraes Pontes é formada, possui especialização em gerontologia, atividade voltada ao atendimento de idosos, mas há dois anos busca uma vaga no mercado de trabalho, sem sucesso. “Quando comecei a faculdade já sabia que o mercado era super concorrido, mas resolvi fazer mesmo assim, por amor à profissão. Atualmente, são muitos profissionais e o mercado está cada vez mais difícil para os recém-formados”, conta.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH/AM), Elaine Jinkings, esta é uma das profissões mais saturadas do mercado atualmente. “Biblioteconomia e serviço social são profissões que possuem pouca oferta de vagas no momento, mas o mercado em geral está tão aquecido que é comum as pessoas terem uma formação e atuarem em outra ocupação”.
Na opinião da professora chefe do departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Célia Barbalho existem vagas para profissionais da área, mas o curso teve que se reinventar nos últimos anos “Há dez anos vínhamos discutindo uma mudança no foco do curso e há três anos a grade foi alterada. O livro é o mínimo que um biblioteconomista trabalha atualmente.  Hoje em dia profissionais focados nas áreas de gestão de negócios e tomadas de decisão têm emprego garantido no mercado de trabalho”, afirma a professora.
A finalista do curso de Biblioteconomia Manuela Ferreira se mostra otimista. Ela acredita na versatilidade de sua profissão. Segundo Manuela, a internet nunca irá substituir os livros, pelo contrário, apenas ofereceu uma nova área de atuação.
A estudante aposta na legislação que exige bibliotecas e bibliotecários em todas as escolas como uma alternativa para a expansão do mercado.
Fonte: Portal a24dm

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