quarta-feira, 25 de maio de 2011

Era digital analisada na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva

Organizado pela delegação regional do Norte da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentaristas (BAD), em parceria com a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) e a TecMinho, o seminário ‘O Ambiente Digital Aberto: desafios e impactos’ teve início ontem, continuando hoje nas instalações da BLCS.

Divido em quatro painéis temáticos, isto é, Ambiente Digital, Propriedade Intelectual em Ambiente Aberto, Acesso Aberto ao Conhecimento Científico e Arquivos Abertos, a iniciativa procura “fazer uma reflexão conjunta sobre as questões que perturbam os profissionais da informação”, esclarece Aida Alves, directora da BLCS, acrescentando que é necessário promover a “alfabetização mediática em ambiente digital” e a formação de públicos, entre outras iniciativas.

Jacinta Maciel, presidente da delegação regional do Norte da BAD, agradeceu na sessão de abertura o apoio logístico prestado pela equipa da Escola Profissional de Braga, definindo também os principais objectivos do seminário. Agradecendo aos oradores “de qualidade comprovada” dos painéis, Jacinta Maciel realça a importância da partilha de experiências e de conhecimento que este tipo de eventos permite, desafiando os presentes a “experimentar novos contextos de ambiente digital”.

Pedro Príncipe, secretário da direcção da BAD, realça que a associação de bibliotecários, arquivistas e documentaristas tem estado atenta a estas questões, apresenta ndo no final do último congresso um conjunto de conclusões e linhas de orientação que seria importante recordar durante o seminário.

Pedro Príncipe referiu algumas propostas a discutir durante o evento como a utilização da informação como recurso estratégico, a implementação de uma política nacional de informação, o reforço do acesso à informação, a produção de informação com financiamento público e a sustentabilidade e preservação da informação a longo prazo, requerendo políticas apropriadas.

O responsável salientou, ainda, o “papel fundamental” das bibliotecas públicas, escolares e académicas nas políticas de aprendizagem a longo prazo.
Procurando promover uma “cultura de mudança”, Pedro Príncipe considera que se deve apostar na inovação e nas boas práticas profissionais, implementando-se políticas de cooperação, nomeadamente ao nível do trabalho em rede com a consequente partilha de recursos.

Bruno Fragoso, gestor de projectos da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC), salientou o seu agrado face ao programa do seminário, considerando que a comunicação em rede deve ser instantânea, promovendo a observação, partilha e internacionalização do conhecimento.
“É necessário incutir a cibernética”, explicou Bruno Fragoso, considerando-a um instrumento orientador “essencial e preciso” para acompanhar o crescimento exponencial da produção científica com a disponibilização on-line em repositórios académicos.

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