quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aplle no Brasil: Mercadante anuncia fabrificação local para novembro

Ana Paula Lobo*
12/04/2011

Mais um porta-voz não oficial da Apple anuncia o processo fabril da empresa no Brasil. Dessa vez, a informação veio do ministro da Ciência e Tecnologia, Alozio Mercadante, que está na China com a presidenta Dilma Rousseff e manteve audiência com os executivos da Foxconn, responsável pela fabricação mundial do iPad, o tablet da Apple.
De acordo com Mercadante, a manufatura começaria em novembro. "Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística", disse ele aos jornalistas que acomapanham a comitiva. O assunto, segundo ainda o ministro, está sendo estudado por um grupo de trabalho que envolve os ministérios da Fazenda, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O x da questão é que, apesar dos diferentes porta-vozes, a maior interessada, a Apple, mantém um silêncio incomum diante de tantos rumores e oficialmente não se declarou sobre a intenção real ou não de produzir no Brasil.
Ainda nesta terça-feira, a presidenta Dilma Rousseff anunciou também um projeto de investimento na área de tecnologia da informação no Brasil pela Foxconn de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 18,9 bilhões) em seis anos. O investimento seria para a instalação da produção de telas usadas em equipamentos como celulares de terceira geração e iPads.
Dando mais detalhes sobre o projeto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, disse que o investimento vai gerar 100 mil empregos, entre eles para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn, que ainda não escolheu local para o investimento no Brasil, construiria uma " cidade do futuro" para 400 mil pessoas, onde seria instalada a fábrica.
"Precisa de fibra ótica, infraestrutura, banda larga. É algo extremamente sofisticado", disse Mercadante, listando parte do que o governo ainda precisaria fazer. Ele destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo como transferência de tecnologia e sócio brasileiro (o que ainda não foi definido). Este sócio entraria com parte dos recursos, mas, segundo o ministro, a Foxconn está disposta a investir "pesado".
O volume de investimento prometido pela Foxconn, que seria distribuído ao longo de um período, equivale a quase o total de investimentos da China no Brasil em todo o ano de 2010, quando o país, segundo levantamento da entidade americana Heritage Foundation, que acompanha o destino final dos investimentos chineses, recebeu cerca de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) de investidores diretos vindos da China.

Fonte: UOL notícias

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