Livros escritos em braile e um programa de computador que narra o conteúdo dos livros digitais são alguns dos métodos utilizados para facilitar a leitura do acervo para deficientes visuais da Biblioteca Arthur Vianna, que fica no prédio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN). O espaço reúne cerca de mil títulos em braile e outros cinco mil livros em formato digital e, por meio de um projeto, estimula a leitura e a inclusão de deficientes visuais.
Para José Monteiro, o grande segredo quando se tem perda de parte da
visão ou visão nenhuma, é uma questão de determinação.
“É você não se
acomodar, procurar ver os meios e os métodos que vão facilitar e
auxiliar a questão da leitura”, explica.
O acervo disponibilizado pela biblioteca auxilia pessoas com
deficiência no campo da visão a exercercitarem a superação. Sejam cegos
ou com baixa visão, o que eles não têm são limites diante do
conhecimento.
Para Pedro da Silva, também deficiente visual, a falta de visão não
afetou suas atividades diárias.Hoje ele é bibliotecário na instituição e
diz que antes não lia muito, mas após ter sido diagnosticado com perda
de visão passou a ler mais.
“A quantidade de obras que li em braile é
muito superior a quando enxergava, quando usava visão”, revela.
Segundo a gerente da biblioteca, Ruth Selma,
“a experiência que temos
na sessão braile são de usuários que começaram no ensino fundamental,
ensino médio e hoje estão na faculdade. Alguns já passaram em concursos
públicos”, conta.
Mas, para que este trabalho continue, é necessário que haja voluntários
para digitalizar e catalogar as publicações. Ainda de acordo com Ruth, o
material é disponibilizado via MP3, via pendrives ou impresso em
braile.
Informações:
Para se tornar um voluntário basta procurar a Biblioteca Arthur Vianna ou ligar para o telefone (91) 3202.431.
Fonte: G1
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